Segundo os dados estatísticos oficiais apresentados pela Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, as exportações de produtos alimentares e bebidas cresceram cerca de 13,5% entre janeiro e setembro deste ano, registando um aumento face ao mesmo período de 2019.

O maior contributo para este aumento deveu-se às transações para os mercados fora da União Europeia, as quais cresceram mais de 26%, registando-se também um aumento de 7% nas exportações para a União Europeia. Já relativamente às importações foi registado um decréscimo de 0,8%, o qual foi impulsionado pela diminuição de 9% nas importações oriundas dos mercados fora da União Europeia, contudo foi possível verificar também um ligeiro aumento de 0,63% nas trocas com mercados da União Europeia.

Comparativamente com o mesmo período de 2020, as exportações do setor agroalimentar aumentaram 7,48%, sendo que a percentagem foi de 9,42% de bens provenientes da União Europeia, o que compensou em grande medida a descida de 3,58% de produtos oriundos de países situados fora do bloco europeu.

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, Jorge Tomás Henriques, o desempenho positivo das exportações representa um bom indicador para a indústria portuguesa agroalimentar, devendo ser “interpretado e acolhido no contexto de uma estratégia de projeção económica do país”. Jorge Tomás Henriques refere ainda que existe a expectativa de o setor agroalimentar continuar neste caminho evolutivo até ao final do ano.

O presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares alerta ainda para a necessidade de prestar uma atenção particular à atual conjuntura de falhas na cadeia de abastecimento, o que terá consequências não só na disponibilidade e custo das diversas matérias-primas, mas também na trajetória de exportação que o setor agroalimentar apresenta.

Patrícia Neves

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